O Presidente da República, João Lourenço, defendeu
ontem que o sector petrolífero deve assumir um papel mais activo na criação de
oportunidades de estágios e no acesso ao primeiro emprego para jovens
angolanos, abrangendo toda a cadeia de valor da indústria.
Ao intervir na abertura da 6.ª Edição da
Conferência e Exposição Internacional de Petróleo e Gás 2025, em Luanda, o
Chefe de Estado sublinhou que a população angolana é maioritariamente jovem,
pelo que “é fundamental direccionar uma atenção especial aos jovens”,
canalizando a sua energia e potencial ao serviço da economia nacional.
João Lourenço destacou ainda a importância das
parcerias público-privadas, do conhecimento local aliado à experiência
internacional e de um ambiente de negócios competitivo para atrair
investimentos. Sublinhou que Angola oferece condições de estabilidade contratual,
segurança jurídica e previsibilidade, alinhadas com as melhores práticas
internacionais.
O Presidente reconheceu, no entanto, o declínio da
produção petrolífera nacional, apontando como resposta a Estratégia de
Exploração 2020-2025, a Estratégia de Licitação 2019-2025 e a captação de novos
investimentos privados.
O evento, que coincide com as celebrações dos 50
anos da Independência Nacional, foi descrito pelo Chefe de Estado como uma
plataforma estratégica para a promoção de investimentos, fortalecimento de
parcerias e partilha de experiências.
Na ocasião, João Lourenço recordou medidas
implementadas desde 2017, como a redefinição do modelo de governação do sector,
a criação da Sonangol em 1976 e a aprovação da primeira Lei das
Actividades Petrolíferas em 1978, enaltecendo também o papel histórico do
petróleo no desenvolvimento do país.
O Chefe de Estado reafirmou a ambição de Angola em
se consolidar como produtor competitivo de hidrocarbonetos, contribuindo para a
segurança energética mundial, mas de forma compatível com a transição
energética e o combate às alterações climáticas.
Defendeu ainda a promoção da exploração onshore,
pelo seu baixo custo operacional e elevado potencial, e reiterou que o país
deve investir progressivamente em energias renováveis como solar, eólica e
biomassa, assegurando que o sector continue a contribuir para a melhoria da
qualidade de vida dos angolanos.
Por fim, João Lourenço apelou a um compromisso
contínuo entre o Estado, as operadoras e o sector privado, destacando a
necessidade de promover a competência, qualidade e competitividade das empresas
nacionais.
FONTE: JORNAL DE ANGOLA
Mutamba, Luanda, Angola
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